Com nova gestão e reestruturação, mães destacam melhorias nas UTIs da Santa Casa
No local, havia sido identificado 6 casos de infecção por Klebisiella nas 10 vagas da UTI neonatal e 3 casos de S. aureus na UTI pediátrica. Com a evolução dos dados, agora são apenas 2 casos na UTI neo e 1 na pediátrica. A reformulação, realizada pela Medsim, melhorou a taxa de recuperação de pacientes e deu maior conforto no atendimento a recém-nascidos, crianças e acompanhantes.
“Foram realizados treinamentos multiprofissionais, campanhas educativas abordando infecção por germes resistentes e medidas de prevenção, reforçando higiene de mãos, observação rigorosa de isolamentos, adesão ao uso de equipamentos de proteção individual. A adequação do espaço das UTIs neonatal e pediátrica, com mudanças da localização dos leitos. Tudo isso reduziu a chance de transmissão cruzada de microrganismos e também proporcionou uma melhor ambiência do setor”, aponta coordenadora geral das UTIs Infantis Medsim, Rejane Vieira de Castro.
A mãe de Maria Clara, Evelyn Silva acompanhou de perto a melhoria. Maria, de 1 ano, sofreu uma queda no município de Lucas do Rio Verde, cidade onde mora com a mãe. Um dia após o acidente, a bebê não abriu mais os olhos e recebeu o diagnóstico de perda de visão, além da identificação de um tumor no lado direito do crânio, cuja cirurgia de retirada deixou sequelas, com a paciente entrando em coma, conta Evelyn.
Desde dezembro de 2022 acompanhando a filha, a mãe passou pela troca de gestão e reconheceu as melhorias no atendimento. “A gente é bem mais escutada, não que antes não fosse, mas hoje é colocado mais em prática as coisas com a gente e é um ponto positivo. A gente sente mais acolhida. Até o conforto de onde estamos é melhor do que antes”, afirmou.
As mães ganharam um espaço de descanso novo, fora das UTIs, com poltronas novas, armários e TV. A direção saliente que a mudança “quebra” a rotina massiva de uma unidade de tratamento intensivo.
A melhora também foi apontada por Daniely Vaz, 30 anos, mãe do paciente Daniel, de 9 anos. Moradora de Gaúcha do Norte (583 km de Cuiabá), mãe e filho chegaram na Santa Casa encaminhados pelo Hospital Regional de Água Boa, após piora no diagnóstico de uma pneumonia.
Outro paciente que percorreu uma longa distância para ter tratamento especializado é o pequeno Higor, de apenas 4 anos. A mãe, Claudete Marina, 33 anos, conta que eles saíram de Juruena (897 km de Cuiabá), após o diagnóstico de Ependimoma de Fossa Posterior (tumor no cérebro).
Na unidade de saúde desde 31 de março, a família chegou no começo da transição de gestão. Dentre as cirurgias e procedimentos para tratamento de Higor, Claudete pontuou que o filho tem recebido o melhor tratamento possível. “Não tenho o que reclamar, a gente sempre foi bem acolhido. Não é um momento fácil, né? Não. É muito difícil a gente sair de um lugar que não é a nossa realidade.”
As três mães, Evelyn, Daniely e Claudete compartilham do mesmo desejo: Voltar para casa com o filho bem. Essa esperança ganha força com a melhoria dos processos e o acolhimento oferecido aos pacientes e familiares, que muitas vezes percorrem longas distâncias para o tratamento necessário. Segundo a coordenadora das UTIs, Suzany Silveira, o principal objetivo é melhor assistência e devolver o bem mais preciosa, o bebê, para suas casas.